Qual carro vai para a pista primeiro?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Uma novidade!


Aí está, uma tampinha traseira de fibra, feita pelo Marco Queiroz. A tampa ficou muito boa e muito leve. Se parece desalinhada é apenas porque está atirada em cima do carro de qualquer jeito, pela falta de tempo. Ainda precisam ser feitos os suportes que posicionam ela de forma que fica uma réplica exatamente igual a tampa original, exceto que não é uma bigorna de 30 kg na traseira do carro, pior lugar possível.

Ao contrário do que muitos pensam, a fibra é um material bastante leve, flexível e resistente, diferentemente do que as pessoas estão acostumadas a ver nas carroceria de carros como Puma, Miura e outros esportivos de época, que não possuíam muita qualidade nessa parte. A fibra de vidro ou GRP (glass reinforced polymer) é largamente utilizada até hoje em carenagens de carros e barcos de corrida, pela suas excelentes propriedades mecânicas, QUANDO SE SABE FAZER CORRETAMENTE.

Grande parte da má reputação da fibra é proveniente do fato de que o processo de fabricação e manuseio da fibra requerem poucas ferramentas e assim se torna acessível a qualquer pessoa, mesmo sem o conhecimento necessário para fazer boas peças. E naturalmente, sem isso saem peças ruins.

A questão do custo de fabricação também influi. Para cada peça é preciso primeiro fazer ou preparar um contramolde (que nesse caso era uma tampa original de Kadett) depois um molde e por fim a peça em si. isso implica em 2 ou 3 vezes mais material do que inicialmente poderia se imaginar, e umas 5 vezes mais trabalho. Além disso, existem resinas adequadas para cada finalidade, sendo que para o uso automotivo nem sempre são as mais baratas. Sem falar nos maus profissionais que diluem o material para "render mais", o que na verdade, como qualquer coisa diluída, da resina aos combustíveis, passando pela tinta, cargas de nitro, drogas e até mesmo o leitinho das crianças, todo mundo sabe que não funciona. Diluir só dá certo com ki-suco, que - ao contrário de todo resto - quanto mais você diluir, menos mal deve fazer.

Em resumo: A fibra de vidro é um excelente material quando se sabe usá-lo e dá origem a peças muito fortes e leves, que em determinadas funções nao perdem para outros tipos de compostos mais nobres como por exemplo a fibra de carbono, mas seu custo é consideravelmente menor, tornando o material bastante atraente para quem não é bitolado ou viciado em "likes" no facebook.
 


Novidades:
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